Noturna
(por Magaly Grespan)
Devagar a tinta pinta a primeira letra
Devagar, antes que eu me esqueça
E de mendigo respingue em teu corpo
Antes que meu corpo, sonolento e tonto
Caia sobre a folha branca
Indizível olhar de piedade
A olhar-me na forma que desdita
Busco abrigo, um pensamento, um grito
Na tinta que hesita
Desejos e tremores de amores já sem vida
Eis a noite esposo que me fita
Imensa extensão, escrevo o meu eu
Antes que o tempo se transforme
E da noite a amanhecência o dia tome.
para conhecer outros textos da poetisa Magaly Grespan acesse o site da revista "cronicas cariocas" - www.cronicascariocas.com.br
Um comentário:
Parabéns Elano pelo excelência de manter atualizado este blog. Parabéns por (con) ceder espaço para autores tão promissores como Magaly Grespan, a nossa companheira do CrônicasCariocas.
Com carinho,
Francci Lunguinho
Postar um comentário